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Uma Revolução Contra o Colesterol


Peter Sever um dos maiores especialistas do mundo no combate às doenças do coração, o médico diz:

Vivemos uma revolução no tratamento do colesterol. Tivemos avanços com o uso das estatinas(drogas usadas até agora), mas nada tem se mostrado tão eficiente quanto essas medicações. O colesterol ruim pode ser reduzido em cerca de 70%. As estatinas conseguem uma redução de 40%.

Os remédios atuam sobre uma proteína específica associada ao acúmulo de LDL. Por isso, são precisos e chegam diretamente no alvo

Prevemos que haverá uma grande redução no número de infarto. Assim que isso for comprovado, os órgãos regulatórios de todo o mundo poderão contar com as evidências para decidir sobre a extensão das indicações das drogas e das políticas públicas de acesso a elas.

A grupos de pessoas com altos índices de colesterol e risco cardiovascular, pacientes com predisposição genética ao acúmulo de LDL e aqueles intolerantes às estatinas.

Não. Mais muitas pessoas reclamam de seus efeitos colaterais. Queixam-se de dores musculares, insônia e disfunções sexuais ligadas ao uso destes medicamentos. Os testes clínicos com essa nova classe de medicamentos mostram ótimos resultados na redução do LDL sem causar estes efeitos colaterais, representando uma opção para os pacientes.

Alguns países podem não ter dinheiro para fazer a distribuição a uma parcela maior da população. Mas sabemos que existem três companhias que vão competir nesse mercador e, com isso, a tendência é que os preços diminuam. "Os países pobres registrarão um aumento no número de infartos. As nações desenvolvidas assistirão a uma redução no total de eventos deste tipo"

A informação não é insuficiente, a educação é que está errada. As pessoas, muitas vezes, apenas se recusam a seguir que é orientado. O fator mais importante para prevenção é a educação, não apenas entre os médicos, mas em público em geral. As pessoas sabem que cigarro faz mal para saúde, estão cientes de que consumir muito álcool pode ser prejudicial para o figado e sabem que gordura e colesterol são ruins para o coração. Mas, normalmente, não prestam atenção nos fatores de risco, e isso é muito ruim.

Há mais aderência aos tratamentos nos Estados Unidos. Mas, em geral, muitas pessoas acabam ignorando suas condições de saúde. A maior parte das populações não segue as recomendações passadas pelos médicos, inclusive no Reino Unido. Na América do Sul ocorre o mesmo. Mas o trabalho deve ser conjunto. Os governos têm a responsabilidade de educar a sociedade acerca dos fatores de risco, como se proteger. A comunidade médica deveria participar mais de congressos, por exemplo, para se atualizar e se preparar melhor. Seria um caminho muito efetivo.

Vamos pensar em todos os outros fatores de risco além do colesterol: tabagismo, pressão alta, sedentarismo e diabetes. Quanto ao tabagismo, realmente não é fácil fazer as pessoas pararem de fumar. Para hipertensão, temos medicamentos capazes de controlá-la, mas quantos pacientes de fatos são capazes de reduzir a pressão sanguínea efetivamente? Na maioria dos países, esse número varia de 25% a 50%. É muito difícil convencer as pessoas a mudarem seu estilo de vida.

Os médicos não têm tempo para instruir bem os paciente. A média de uma consulta no Reino Unido é de quatro a seis minutos. Eles perguntam apenas nome, idade e o problema principal. O ideal seria que todos os pacientes passassem por uma triagem primária antes das consultas, com espaço para conversar com enfermeiros sobre seu estilo de vida, dieta. "A Terra é Grande: Essa matéria foi em 2016 hoje já se fazem isso nós hospitais leia mais abaixo que ele falou."

A obesidade é um dos maiores problemas envolvendo crianças. Nos últimos cinco ou seis anos, o número de jovens obesos aumentou significativamente e, agora, vemos crianças de doze, treze anos desenvolvendo a diabete tipo 2. A doença, intimamente ligada à obesidade, só era diagnosticada em adultos anos atrás. Esse problema se deve exclusivamente à combinação de maus hábitos alimentares e falta da prática de exercícios físicos. É claro que há a exceção dos pacientes que sofrem de doenças genéticas. Para estes casos, existe a possibilidade de tratamentos precoces com medicação.

Os governos têm muita responsabilidade nisso. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, as autoridades tentaram implementar uma taxação extra para produtos riscos em açúcar, mas é muito difícil colocar isso em prática. As empresas da indústria alimentícia faturam bilhões de dólares com a venda desses produtos. Mas, no Reino Unido, por exemplo, tivemos avanços como a proibição de propagandas de alguns produtos específicos na tevê antes das 21 horas, para evitar que as crianças sejam influenciadas. Pensando no futuro, a educação alimentar do jovens deveria ser algo muito mais difundido.

Porque até os 55 anos o risco de ataques cardíacos em mulheres é substancialmente menor do que em homens. Ao longo do tempo, principalmente depois da menopausa, a diferença diminui, mas é uma preocupação que surge mais tarde. No entanto, as mulheres estão hoje muito mais sujeitas aos estresse, acumulando funções no mercado de trabalho e dentro de casa. Esse é um ponto a ser considerado, já que o estresse é um dos fatores de risco para infarto. Os médicos devem deixar de ignorar os sinais de doença cardíaca em mulheres jovens. 

A perspectiva é diferente de acordo com o país. No Reino Unido, os ataques do coração diminuíram 50% nos últimos dez anos. Esta é uma redução fantástica. Isso se deve parcialmente a mudanças de hábitos e ao uso de medicamentos. O acesso aos tratamentos tem aumentado.Nos países subdesenvolvidos, porém, a alimentação de má qualidade ainda é um sério fator de risco. Para os próximos anos, acredito que viveremos um contraste. Os países pobres registrarão uma situação mais dramática, com um aumento constante em níveis de colesterol e doenças do coração. Por outro lado, as nações desenvolvidas, como Alemanha e Reino Unido entre outros, assistirão a uma redução no número de pessoas que sofrem infarto.

Fonte Istoé 



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